28 março 2011

SOS UESPI

Em asssembleia geral que acontece neste instante, os professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) decidiram manter a paralisação iniciada no último dia 21 de março por mais uma semana. Na próxima sexta-feira, quando completarão 15 dias de movimento, os docentes farão nova assembleia, com possibilidade de deflagrarem uma greve por tempo indeterminado.
Na reunião, foi decidido ainda que na próxima quarta-feira, os professores farão uma passeata com saída da Faculdade de Ciências Médicas (Facime), passando pelo Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFPI) até o Palácio de Karnak.
Os professores reivindicam reajuste salarial de 120%, realização de concurso público para professores e técnicos administrativos e programas para a qualificação dos docentes.
O diretor regional do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Daniel Solon, diz que o aumento não é desproporcional. "Hoje, o professor 20 horas da Uespi ganha R$ 1.000,00. Vamos pedir aumento para R$ 2.200,00, conforme estabelece o Dieese, e concurso público com 700 vagas para professor efetivo e 400 para técnico administrativo. Também será pedido plano de carreira para os técnicos; programa de qualificação para os professores, com mestrados e doutorados, e salas para os docentes", enumerou.
Hoje, a Uespi tem apenas 500 professores efetivos e 700 substitutos, sendo 52 polos em todo o Estado. De acordo com Daniel Solon, o plano de carreira para os técnicos foi prometido pelo atual reitor da Universidade, Carlos Alberto Pereira, mas nunca foi implementado.
A paralisação dos professores da Uespi pedindo melhorias da estrutura e das condições de trabalho começou no dia 21 e se estendeu até o dia 27. Segundo Graça Ciríaco, 97% das unidades da Uespi estão com as atividades paradas e "até o momento não houve avanço de negociação com o Governo do Estado".
"Apenas foi liberada uma verba mísera de R$ 74 mil, é possível que os professores decidam continuar. Queremos ser atendidos pelo Governo do Estado", afirmou Daniel Solon. Ele acrescentou que os estudantes estão dando apoio à causa. "Eles estão do nosso lado. Centros acadêmicos, entidades estudantis, todos acham válidas as reivindicações", ressaltou.

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