Numa primeira tentativa de entrar na sala do Conselho, um grupo de cinco estudantes foi barrado pelos seguranças da Universidade, que, inclusive, ameaçaram fazer uso do cacetete. O vice-reitor, Nouga Batista, saiu da sala em que se reunia o Consun e tentou conversar com os estudantes. A pró-reitora de Ensino de Graduação, Bárbara Olímpia, também pediu paciência. Os estudantes argumentaram que têm direito de participar da deliberação do Conselho sobre o Enem e pediram para que uma comissão fosse autorizada a entrar. A pró-reitora Bárbara Olímpia prometeu apenas que eles seriam recebidos pelo reitor da Uespi, Carlos Alberto Pereira, na próxima quarta-feira (30).
Insatisfeitos e querendo participar diretamente da decisão, todos os estudantes que estavam concentrados em frente ao Palácio Torquato Neto resolveram ocupar o prédio. Formou-se grande tumulto à porta da reitoria. Seguranças tentavam impedir que os estudantes adentrassem e a Polícia Militar e o grupamento Rone foram acionados.
Na confusão, um ou dois estudantes mais acalorados quebrou o vidro da porta da sala da reitoria. O reitor Carlos Alberto Pereira se apresentou aos estudantes à porta e foi bastante vaiado. A pró-reitora Bárbara Olímpia prometeu ver a questão junto ao Conselho, pedindo que formassem uma comissão de quatro estudantes para poderem entrar. Os estudantes cumpriram o combinado, mas, logo em seguida, veio a negativa do Conselho, que não aceitou a entrada da comissão, alegando que os estudantes, com as vaias e a "destruição do patrimônio público", teriam extrapolado os limites.
Com isso, os estudantes resolveram ocupar a antessala da reitoria e afirmaram que só sairiam de lá depois de serem recebidos pelo reitor Carlos Alberto.
Por Jairo Bezerra
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